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Viagra mental traz libido de volta para homens e mulheres

A libido anda perdida. São muitos os estudos que comprovam: as pessoas – até mesmo as mais jovens – estão transando cada vez menos.

Tem até psicóloga sugerindo que você marque na agenda com o parceiro ou parceira um dia específico para, digamos, cuidar dessa demanda. 

Pesquisadores do Imperial College London podem nos dar uma esperança, chamada informalmente de viagra mental

Divulgado no jornal britânico Daily Mail, o estudo reuniu homens e mulheres que relataram ter pouco desejo sexual.

Em ambos os grupos, os cientistas aplicaram uma infusão do hormônio kisspeptina – naturalmente produzido pelo organismo, mas em testes para o uso da forma sintética.

Sob efeito da kisspeptina, a atividade cerebral dos indivíduos passou a ser rastreada por meio de ressonância magnética enquanto assistiam a vídeos eróticos. Resultado: todo mundo que recebeu kisspeptina afirmou se sentir mais sexy

Mulheres passaram a ver seus companheiros como figuras mais atraentes. Homens tiveram efeitos positivos na função erétil.

Parece que o viagra mental funciona mesmo. O monitoramento também registrou menor atividade na região frontal do cérebro, aquela que é ligada a pensamentos negativos. 

Segundo Alexander Comninos, pesquisador líder da iniciativa, o padrão de atividade cerebral sugere que a kisspeptina pode impedir que as pessoas pensem demais quando se trata de sexo, diminuindo assim a ansiedade sexual. E, nesse contexto, a libido — oi, sumida — passa a ter uma chance

“Se a pesquisa progredir, esperamos que os tratamentos à base de kisspeptina possam estar disponíveis no Reino Unido dentro de cinco a 10 anos”, disse o cientista ao jornal britânico. 

Qualquer novidade eu te aviso.


Longevos devem gastar 130% a mais com tecnologia em 2023



Pessoas acima dos 50 anos só não gastam mais com celulares, tablets e TVs porque ainda se sentem deixadas de lado em suas necessidades.

É o que constata o estudo encomendado pela ONG American Association of Retired Persons, nos Estados Unidos. 

Oito em cada 10 entrevistados – todos acima dos 50 anos – afirmam que a tecnologia é parte integrante de suas vidas. No entanto, 68% acreditam que as soluções digitais não foram projetadas para eles

Na amostra de três mil entrevistados foi constatado que, ainda assim, os adultos longevos pretendem gastar mais com eletrônicos em 2023.

Em média, serão US$ 912,  aproximadamente R$ 4.500. O aumento é de 11% em relação ao ano passado. Em 2019, esse valor era US$ 394. Em apenas 4 anos o crescimento é de 130%. 

Alô, pessoal de UX, CX e todas as outras experiences. Can you hear me?

Participantes que tomam conta de parentes ainda mais velhos – como pais, mães e avós – se mostraram interessados em conhecer tecnologias que os auxiliem na rotina de cuidado.

Dispositivos de segurança domiciliar, alertas domésticos, soluções eletrônicas para desligar aparelhos e economizar energia foram as principais ideias mencionadas no estudo.


#DIZEM

Foto: Reprodução Revista LadoB

“Acho gozado quando ouço a palavra ‘velho’ usada como termo pejorativo. Quando cheguei à redação do JB, nos anos 1980, queria ficar perto do João Saldanha, João Máximo, Susana Schild e Evandro Teixeira. Para ver se aprendia alguma coisa. Sempre amei os mais velhos.

André Barcinski, 55 anos, jornalista, roteirista e diretor de TV

Mãe e filha na mesma cabine de comando 

Foto: Reprodução

Aos 56 anos, Suzy Garrett pilota aviões há mais de 30 anos. Ficou conhecida mundialmente após se tornar pública a foto ao lado da filha, Donna, como sua dupla no comando de uma aeronave da companhia SkyWest Airlines.

É a primeira dupla de mãe e filha pilotas da história da aviação. 

A notícia viralizou, ganhou as redes sociais e mereceu destaque na imprensa americana, sobretudo pelo aspecto intergeracional do fato. 

O primeiro voo das Garrett juntas ocorreu em 2019 e, por conta da pandemia, demorou a ser repetido.

Ao longo de sua carreira, Suzy já pilotou aeronaves como o turbopropulsor Fairchild Swearingen Metroliner, Embraer EMB 120 Brasilia, Bombardier CRJ200, CRJ700 and o CRJ900 NextGen.

“Cresci vendo minha mãe neste papel. Vendo-a perseguir a carreira, percebi quão rara é a posição dela no setor. O que ela fez, para a sua época, foi muito impressionante.”, diz Donna, à CNN americana.


Supermercado abre “caixa-lento” para quem quer conversar

Foto: Divulgação/Jumbo

A rede de supermercados Jumbo, presente nos Países Baixos e na Bélgica, anunciou uma estratégia inusitada de atendimento ao cliente: as 200 unidades da rede terão um ‘caixa lento’, para clientes que querem conversar durante a fila e também na hora de passar as compras.

O nome é ‘chat check-out’.

“Muitas pessoas, principalmente os idosos, podem se sentir solitárias. Como empresa familiar e rede de supermercados, temos um papel central na sociedade. As nossas lojas são um ponto de encontro e isso significa que podemos fazer algo para combater a solidão”, afirma a CCO da rede Jumbo, Colette Cloosterman-Van Eerd.

A ação é parte de uma iniciativa do Ministério da Saúde holandês para combater a solidão. O país tem cerca de 1,3 milhão de pessoas com mais de 75 anos, mais da metade das quais disseram que se sentem solitárias regularmente.

O projeto pretende captar os sinais de solidão dos idosos e convidar empresas e entidades a trabalharem em conjunto para encontrar soluções criativas.

Para além do caixa-bate-papo, outras lojas da rede também introduziram um “canto de conversa” onde as pessoas podem tomar um café e conviver.

“É um gesto pequeno, mas valioso, sobretudo num mundo cada vez mais digital e rápido”, afirma a CCO da rede.

Os melhores 30 anos da sua vida


Estive ontem na estreia do documentário Além do Aposento, no Cine Marquise, em São Paulo.

Tive a sorte de conferir, em primeira mão, uma fantástica provocação sobre o que podemos fazer com o período da vida chamado de aposentadoria

Dirigida por Gabriel Martinez, que também assina Envelhescência (2019), a obra conta a história de 6 brasileiros e brasileiras que encaram a aposentadoria de maneiras positivas e surpreendentes.

Intercalados pela condução do médico e gerontólogo Alexandre Kalache – maior autoridade no assunto longevidade no país –, os depoimentos causam uma inquietante pergunta: como vou querer viver os últimos 30 ou 40 anos da minha vida?

Dá tempo de criar uma vida nova em folha, do zero, com experiência e – espero – dinheiro. 

Em conversa com o Maturidades, o diretor conta sobre seu fascínio pelo tema.

“Quer a gente queira ou não, a velhice é o último período da nossa vida. É emocionante vermos uma pessoa de cabelos brancos começando algo novo. É quase como um grito de liberdade:  ‘aqui não tem ninguém perto do fim!’”, diz Martinez.

Reportagem: Pedro Braga
Tecnologia: Ivan Carlos
Banco de imagens: Freepik


Mariana Mello é jornalista e idealizadora do Maturidades, iniciativa independente de conteúdo voltada à cultura de longevidade.
Tem 42 anos e fala sobre envelhecimento sem noias. Está com o ácido hialurônico e o filtro solar em dia. Já o colágeno, nem tanto.
Email: mariana@maturidades.com.br


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