Pesquisadores do Reino Unido investigaram os hábitos alimentares de cerca de 60 mil pessoas e concluíram que a dieta mediterrânea pode reduzir em até 23% o risco de demência.
Publicado na revista científica BMC Medicine, o levantamento durou uma década, coletando dados de homens e mulheres de 40 a 69 anos, que foram classificados entre os que estavam em níveis mais próximos ou distantes da dieta mediterrânea ideal.
A dieta consiste em produtos típicos das regiões do sul da Europa, basicamente peixes, castanhas, legumes, verduras e azeite. O consumo reduzido de carnes vermelhas e produtos com gorduras saturadas, como a manteiga e a margarina, também estão inclusos.
Para Naomi Vidal Ferreira, doutora e pesquisadora em neuropsicologia e estilo de vida, não é necessário aderir totalmente à dieta para usufruir dos benefícios. Ela explica que trocar o pão branco pelo integral, consumir mais salada e substituir o óleo pelo azeite já podem produzir resultados positivos à saúde.
“Óbvio que não é só a dieta”, explica. “Mas o que comemos é um dos fatores. Refeições saudáveis são fundamentais para além da demência. Reduzem o risco de obesidade, diabetes, hipertensão e são ótimas para a saúde em geral, inclusive a do cérebro.”
A pesquisadora acrescenta que a prevenção deve ser feita durante toda a vida. O ideal é que comece na juventude ou na fase adulta, porque quanto mais precoce, maior a garantia de bons resultados.
Exercícios físicos, atividades sociais, boa alimentação, sono adequado e controle de diabetes e hipertensão são alguns dos hábitos que podem ser adotados por quem quer envelhecer de forma saudável.
“Mas quem não fez e já está com 40, pode iniciar agora. Aos 50 ou aos 60, nunca é tarde para começar”, conclui.
Macron diz que atual modelo econômico não suporta o ritmo do envelhecimento
“Nosso modelo econômico atual não suporta o ritmo do envelhecimento e não parece haver saída fácil para esse problema”, afirmou o presidente da França, Emmanuel Macron, após dois meses de silêncio a respeito da reforma da Previdência, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.
A reforma proposta pelo governo francês aumenta a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030, o que provocou uma onda de protestos que já levaram milhares de pessoas às ruas.
O presidente e a primeira-ministra Elisabeth Borne argumentam que é preciso trabalhar mais tempo para que a Previdência seja sustentável. Isso porque a expectativa de vida aumentou. O mesmo argumento também serviu de justificativa para a reforma da Previdência aqui no Brasil.
“Não tenho nenhum prazer em fazer essa reforma”, disse Macron. “Trata-se de uma necessidade financeira porque há uma questão demográfica que coloca o sistema previdenciário em desequilíbrio. Hoje temos 17 milhões de aposentados e, em 2030, teremos 20 milhões. Vocês acham que conseguiremos manter o mesmo sistema?”
Na França, somente um terço da população entre 60 e 64 anos é economicamente ativa. Considerando todos os países da União Europeia esse número é maior: 43%. A idade média dos franceses ao se aposentar — 60,4 para homens e 60,9 para mulheres — é menor que no Reino Unido (63,7 e 63,2, respectivamente) e na Alemanha (63,1 e 63,2).
Em contrapartida, o tempo em que o francês usufrui sua aposentadoria é o segundo mais longo entre países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
#DIZEM
Uber Resolve é lançado para retirar encomendas e realizar tarefas do cotidiano
Falta de tempo, de disposição ou preocupação com segurança. O motivo não tem idade. Fato é que a Uber acaba de lançar um novo recurso no aplicativo que deve impactar positivamente o público longevo.
Disponível apenas em Curitiba por enquanto, em fase de testes, a função Resolve ajuda o público a desenrolar tarefas chatas do dia a dia.
Pelo app é possível solicitar um parceiro da plataforma para realizar atividades extras relacionadas ao envio de itens, como a retirada de encomendas em um estabelecimento ou a coleta de assinaturas.
As solicitações têm limite de tempo e quilometragem. Caso a viagem exceda o valor inicial, o usuário é cobrado pelo excedente. Se a viagem tiver uma duração menor, o valor cobrado permanece o mesmo.
Em conteúdo do Olhar Digital, a Uber esclarece que tarefas como retirar dinheiro no banco não serão permitidas.
Surfar pela primeira vez depois dos 40: dê um OFF
Em cima de uma prancha, pela primeira vez, aos 45 anos, a modelo Isabella Fiorentino desceu uma onda de dois metros. Sem nunca antes ter praticado o surfe, ela conta que depois disso sua percepção sobre a idade mudou.
“Depois que desci a onda, pensei: ‘Como eu posso ter medo de encarar uma coisa nova?’. Sem dúvida, me deu a coragem e a motivação que eu precisava”, disse em entrevista à revista Vogue.
Assim como ela, mulheres acima dos 40 anos têm encontrado uma nova paixão: o mar – e, mais do que isso, o bem-estar que o surfe proporciona.
“Foi a parte mental que me fascinou. Quando estou surfando, abstraio todos os meus problemas, esqueço que sou mãe, esposa, que tenho uma carreira. É meu momento de escape, uma terapia”, conta ela, dona do perfil @belladosurf.
A reportagem conta outras histórias de encantamento imediato que o surfe exerce sobre quem o pratica.
Mulher de 95 anos solicita a criação de um pássaro-robô para fazer companhia
Há dois anos, a americana Rita Melone tinha 93 teve a ideia de inventar um pássaro animatrônico para ajudá-la a ter uma melhor experiência com o andador.
Assim, entrou em contato com a empresa Joy For All, especializada em produtos para pessoas longevas, e eles trabalharam para tirar a ideia do papel.
Quando acionado, o Walker Squawker canta, toca músicas e interage enquanto as pessoas caminham, trazendo a sensação de companhia. Um sensor de movimento reconhece e recompensa o ato de caminhar com falas motivacionais. Ele também reconhece a voz do usuário
“Eu tinha acabado de começar a usar um andador pela primeira vez e queria inventar algo que me ajudasse a lembrar de usá-lo”, disse Rita em entrevista para o telejornal Good Morning America
O Walker Squawker já está à venda nos EUA em alguns varejistas selecionados. O preço sugerido é de US$ 64,99.
Mariana Mello é jornalista e fundadora da Alma, agência especializada em conteúdo para marcas em plataformas digitais e audiovisuais. Aos 37 anos, decidiu se especializar em Gerontologia Social pela PUC-SP em 2018. Hoje, aos 43, dedica-se a projetos de conteúdo para marcas e empresas voltados ao viver mais, além de palestras e consultorias sobre comunicação e longevidade. Atuou como Diretora de Conteúdo e Comunicação Interna da agência Ideal H+K Strategies (WPP) e fez parte de veículos de comunicação da grande imprensa. Atualmente cria projetos de conteúdo para empresas como Dasa, Ambipar, Maturi, Spark:off, Zenklub, Infographic Company, Sesc e Portal do Envelhecimento e Longeviver.
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Reportagem | Pedro Braga/Alma Content
Tecnologia | Ivan Carlos
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