Será que, no futuro, todo mundo vai conseguir abrir determinadas embalagens?
E as letras nas placas e avisos públicos? Vai dar para enxergar?
E se existisse uma tesoura mais molinha ou um sapato mais fácil de vestir. O mundo pode ser mais amigável para pessoas que vivem cada vez mais. E isso independe de faixa etária.
Como diz a hashtag que cresce a cada dia: #weareallageing.
Foi assim, mirando uma sociedade longeva, que nasceu o Design Age Insitute em 2020.
Viabilizado pelo governo britânico e sob o guarda-chuva do Royal College of Art, de Londres, o instituto tem como objetivo preencher uma lacuna.
De um lado estão as necessidades que surgem para as pessoas à medida que envelhecem. Do outro, imaginar os produtos e serviços desejáveis e comercialmente viáveis que precisam ser desenvolvidos.
No site do Design Age Institute, existe a curadoria de empresas e escritórios do Reino Unido que têm em comum a causa do design inclusivo.
Com um mecanismo de busca é possível localizar especialidades nas áreas mais relevantes do design, como mobiliário, produto, moda, gráfico, interiores, serviços, arquitetura e digital.
Se você estiver em Londres ou passando por perto, a partir de hoje, sexta-feira (24/2), está rolando também a exposição Designing for our Future Selves no London Design Museum. Serão mostrados ao público 10 projetos já desenvolvidos nessa pegada.
Empresas podem quebrar o mito da menopausa
Em uma gigante indústria química no Brasil, mulheres ganharam uniformes com tecidos confortáveis e mais dispensers de água próximos aos locais de trabalho.
Na Irlanda, o banco nacional passou a oferecer licença remunerada de 10 dias para colaboradoras 40+ que apresentassem sintomas típicos do climatério.
Em Londres, o prefeito Sadiq Khan, além da licença-menopausa para as funcionárias da prefeitura, exigiu a criação de espaços de trabalho mais acolhedores, com temperaturas controladas.
Estes são apenas alguns exemplos que ilustram a aproximação de dois temas até então apartados: a maturidade feminina e vida corporativa.
Em entrevista à Forbes, a executiva Miriam Paoli, CEO da No Pausa, conta sobre o trabalho de pesquisa, programas sociais e consultorias a respeito de climatério e menopausa que tem levado a empresas.
“A fase em que as mulheres chegam na menopausa é também o momento em que elas estão no ápice profissional”, diz a executiva em reportagem à Forbes.
Dados do instituto de pesquisa americano Biote apontam que uma em cada cinco mulheres na menopausa deixaram ou consideraram deixar seus empregos.
Em termos globais, as perdas de produtividade relacionadas a esse aspecto podem passar de US$ 150 bilhões anuais, segundo a consultoria Frost & Sullivan.
Na opinião de Paoli, a falta de informação e os tabus ligados ao tema são fatores a serem combatidos. “A gente ainda vive isso de uma maneira muito envergonhada, mas a menopausa não tem nenhum impacto no nosso trabalho e não impede a nossa capacidade de liderar”, afirma.
#DIZEM
“Se trabalhar é um dos principais motores da vida e se a expectativa de vida está cada vez mais alta, o que acontece se continuar o culto à juventude?”
Genesson Honorato, gerente de RH para Inovação na OLX. Em artigo da Fast Company
Rolling Stones e Paul McCartney gravam juntos
A notícia publicada pela Variety na terça-feira (21) explodiu mundo afora: Paul McCartney e Mick Jagger estão gravando juntos uma faixa para novo projeto dos Rolling Stones.
O ex-Beatle Ringo Starr também participa da iniciativa – não se sabe se na mesma canção que Paul, mas isso não importa.
De Los Angeles, onde foram feitas as gravações, o guitarrista Keith Richards disse aos fãs que há músicas novas a caminho.
Lendas vivas do rock e com pouco histórico de parcerias, eles se encontraram pela primeira vez 60 anos atrás, quando os Stones gravaram um cover de I Wanna Be Your Man, que foi também o primeiro hit dos Beatles, em 1963.
Em fase de mixagem, o novo álbum ainda não tem data de lançamento.
As idades deles: Paul McCartney, 80; Mick Jagger, 79; Ringo Starr, 82 e Keith Richards, 79. Se você ainda não repensou seus conceitos sobre viver mais, eis aqui uma oportunidade.
Teatro La Scala de Milão chega ao streaming
Uma das maiores casas de ópera do mundo, o tradicional teatro La Scalla dá um passo em direção ao futuro.
Na terça-feira (18), foi anunciada a abertura de transmissões via streaming ao vivo de espetáculos de ópera, concertos e balés.
Os ingressos variam de 2.90 a 11.90 euros.
Além das apresentações em tempo real, esse símbolo da cidade de Milão passa também a exibir espetáculos pré-gravados, documentários e conteúdos especiais.
O serviço online estreou com a ópera As Vésperas Sicilianas, de Giuseppe Verdi dirigida por Fabio Lusi.
A iniciativa do “Scalla online” tem como objetivo atingir um público global, de todas as idades, que não pode estar fisicamente no teatro.
Nesse plano entram jovens e estudantes, além do crescente público longevo mundo afora. Já pensou assistir ao Lago dos Cisnes ao vivo, no quentinho do sofá, com qualidade HD como se estivesse na Itália?
Reportagem | Pedro Braga
Tecnologia | Ivan Carlos
Imagens | Freepik
Mariana Mello é jornalista e idealizadora do Maturidades, iniciativa independente de conteúdo voltada à cultura de longevidade. Tem 42 anos e fala sobre envelhecimento sem noias. Está com o ácido hialurônico e o filtro solar em dia. Já o colágeno, nem tanto. Email: mariana@maturidades.com.br