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Plataforma de inteligência artificial promete beneficiar a longevidade

Uma plataforma que permite a hospitais, seguradoras e outras organizações médicas rastrear e monitorar a saúde de seus pacientes em tempo real.  A tecnologia é de uma startup israelense que utiliza a inteligência artificial para compreender e colaborar com a saúde e o bem-estar de pessoas idosas. 

“Queremos ser um copiloto para os médicos, fornecendo as ferramentas corretas para se comunicarem com seus pacientes, que podem receber um diagnóstico 10 ou 20 anos antes de desenvolver determinada doença”, diz Guy Leitersdorf, fundador e CEO da Longevity AI.

Um exemplo de como a Longevity AI pode impactar a saúde do público longevo é por meio da identificação de fatores de risco para condições crônicas, como doenças cardíacas, câncer e demência. Ao analisar grandes quantidades de dados de saúde e de estilo de vida, os algoritmos detectam padrões e preveem riscos antes que sintomas apareçam. Isso permite intervenções mais eficazes, o que pode levar a melhores resultados de saúde a longo prazo e à extensão da expectativa de vida.

Outra aplicação da Longevity AI é a personalização do tratamento para cada indivíduo. A tecnologia identifica a melhor combinação de medicamentos e de terapias, analisando dados de saúde do paciente para tratar uma determinada doença, minimizando efeitos colaterais e aumentando a eficácia do tratamento.



Você será mais feliz aos 90, diz a ciência 

E se falassem que sua satisfação com a vida será maior aos 90 anos do que aos 20? É o que mostra uma pesquisa que relaciona idade e bem-estar psicológico. Publicado no Journal Clinical Psychiatry, o estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia partiu de uma amostra de 1546 indivíduos e evidenciou que há uma tendência a se sentir melhor consigo mesmo e com a vida conforme o tempo passa. 

Independente das condições físicas e cognitivas, a saúde mental das pessoas idosas mostrou-se melhor que a das mais jovens que responderam às perguntas. Os autores constataram que a progressão dos níveis de felicidade é linear dos 20 aos 90 anos.

Um mecanismo que pode explicar os resultados é que, com o passar dos anos, se ganha mais habilidade na gestão de emoções e de decisões. “A amígdala, parte do cérebro associada à percepção emocional, torna-se menos sensível às situações estressantes ou negativas”, explica o pesquisador Dilip Jeste, autor principal do trabalho. 

Outra explicação, segundo os cientistas, é a existência de uma reserva emocional para contrabalancear o envelhecimento do corpo, do mesmo modo que sistemas cognitivos equilibram a perda de capacidades. A pesquisa promete um futuro feliz, mas a forma como cuidamos de saúde mental e física também vai determinar as condições de envelhecimento. 

#DIZEM

“Tem duas maneiras de você envelhecer. Ou você segue o caminho das peruas ou o das feiticeiras. As peruas perseguem a fonte da juventude e o grande inimigo delas é o tempo. Já (para) as feiticeiras, o tempo é o grande aliado.”

Rita Lee (1947-2023)

A maior crítica de literatura pornô do Brasil tem 71 anos

Cinquenta Tons de Cinza é uma obra fraca e rasteira, na opinião de Eliane Robert Moraes, crítica literária e professora da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo. Ela estuda e escreve sobre erotismo há três décadas. Aos 71 anos, a pesquisadora se dedica à pornografia literária e afirma que estudar pornografia não é avaliar a quantidade de obscenidades em um texto, mas a qualidade dele: “É discutir Rousseau no meio da orgia”, disse em entrevista ao UOL.

Dos treze livros publicados por Eliane, o primeiro é um convite ao leitor iniciante a entrar nesse universo: O Que é Pornografia, de 1984 – disponível apenas em sebos. Outra obra de destaque é O Corpo Desvelado: Contos Eróticos Brasileiros’ (Cepe Editora, 2023), em que são analisadas criações de Nelson Rodrigues, Sérgio Sant’anna, Elvira Vigna, Fernando Paixão  – marido da pesquisadora – e dezenas de outros autores que contemplam o erotismo brasileiro.


Turma da Mônica deve ganhar versões adulta e idosa

O bairro do Limoeiro precisa de maturidade. Foi assim que o quadrinista Mauricio de Sousa decidiu dar a Mônica, Cascão, Cebolinha e Magali versões adultas e até idosas. Depois do sucesso da Turma da Mônica Jovem, lançado em 2008, em que os personagens surgem na fase da adolescência, o cartunista já se debruça sobre criações abordando temáticas dessa nova fase da vida.

Se a turma era amiga quando criança e jovem, porque não continuaria a amizade nas fases seguintes da vida? Ainda em desenvolvimento, a iniciativa é contemplar o público adulto, que cresceu lendo sobre a disputa pelo coelho Sansão, com histórias otimistas, reflexões e “causos”, como mostrou a reportagem da CNN Brasil. Recentemente, Mauricio foi cogitado para se tornar membro da Academia Brasileira de Letras, mas não conquistou a vaga.


Mariana Mello é jornalista e fundadora da Alma, agência especializada em conteúdo para marcas em plataformas digitais e audiovisuais. Aos 37 anos, decidiu se especializar em Gerontologia Social pela PUC-SP em 2018. Hoje, aos 43, faz pós-graduação em Gerontologia no Hospital Israelita Albert Einstein e dedica-se a projetos de conteúdo para marcas e empresas voltados ao viver mais, além de palestras e consultorias sobre comunicação e longevidade. Atuou como Diretora de Conteúdo e Comunicação Interna da agência Ideal H+K Strategies (WPP) e fez parte de veículos de comunicação da grande imprensa. Atualmente cria projetos de conteúdo para empresas como Dasa, Ambipar, Maturi, Spark:off, Zenklub, Infographic Company, Sesc e Portal do Envelhecimento e Longeviver.

mariana@maturidades.com.br
@maturidades_br

Conteúdo produzido por humanos com inteligência natural
Reportagem | Marcela Cunha e Pedro Braga/Alma
Tecnologia | Ivan Carlos
Imagens | Freepik