Buscando entender a construção da imagem de pessoas velhas no mercado publicitário, o artigo científico discute se existe, de fato, representatividade ou se trata-se apenas de estímulo ao consumo – “estimativas demográficas apontam que no ano de 2050 21% da população mundial estará acima dos 60 anos, ou seja, mais de dois bilhões de pessoas”, aponta o texto, assinado por Débora Pires Teixeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rita de Cássia Pereira Farias, da Universidade Federal de Viçosa e Ronan Leandro Zampier.
O envelhecimento populacional traz mudanças importantes para o mercado, que tem de se adaptar à realidade de seus consumidores mais velhos. De acordo com o artigo, já representam um campo de fértil de crescimento mercadológico. Além disso, o texto discute a representação de corpos magros e jovens em comparação com corpos fora do ‘padrão’ e velhos: rugas, estrias, celulites, manchas, gordura e flacidez é o que existe nos corpos da maioria das pessoas – e é justamente essa realidade que, cada vez mais, faz com que consumidores sintam-se representados na hora de escolher uma marca ou um produto.
A conclusão dos autores é que “a visibilidade midiática da velhice e a multiplicidade de representações do velho na publicidade contribuem no sentido de contestar a normatividade dos padrões de beleza, pautada na juventude.” Entretanto, “não implica na busca por mais representatividade e autoestima para os idosos, bem como não garante a conquista de um mercado interessado em compreender o público 60+ com produtos e serviços direcionados às suas necessidades”, afirmam.
No artigo, os pesquisadores apontam 3 tipos de representações de velhice nas imagens:
- O velho subversivo
2. O velho rejuvenescido
3. A construção de uma estética de velhice