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Fotógrafo envelhece ídolos que já morreram: visibilidade madura 


É bem provável que nos últimos dias tenha pulado na sua timeline uma imagem surpreendente da princesa Diana, como se ela estivesse viva. Falecida em um acidente de carro em 1997, hoje ela teria 61 anos, alguns vincos no rosto e a mesma expressão no olhar. A Diana de sempre, só que mais velha.

Criada pelo fotógrafo turco Alper Yesiltas (@alperyesiltas), o projeto As If Nothing Happened (Como Se Nada Tivesse Acontecido) traz imagens de ídolos mundiais envelhecidos. Entre eles, Michael Jackson, Freddie Mercury, John Lennon (na imagem acima, em destaque) e Amy Winehouse. 

Para simular o envelhecimento dos rostos, Yesiltas utilizou efeitos de computação gráfica e recursos de inteligência artificial. Segundo reportagem publicada no site Bored Panda, alguns dos programas foram o AI REmini, o Adobe Lightroom e o VSCO.

Freddie Mercury

Mais do que matar a saudade – objetivo inicial do projeto –, ao fazer suas criações circularem o mundo, o artista torna real sua colaboração para o que se pode chamar de “visibilidade madura”. 

Na contramão de esconder e negar o processo de envelhecimento, os retratos exaltam a idade avançada e representam uma contribuição para a cultura de envelhecimento – tão urgente em um mundo que caminha para a senioridade da população em níveis globais. 

Michael Jackson

Na contramão da lógica “anti-ageing” que ainda percorre o senso comum em diversas áreas da sociedade – sobretudo para as mulheres – deparar-se com Janis Joplin aos 79 anos pode ser libertador. O que Freddie Mercury teria em sua obra hoje se estivesse com 76 anos? O que John Lennon comporia agora, aos 81? São as mesmas pessoas, os mesmos ídolos. Provavelmente melhores.

Não sei se Yesiltas imaginava como resultado esta belíssima contribuição para a cultura de envelhecimento. Escrevi pra ele. Vamos ver se rola uma entrevista. Aviso você.

Janis Joplin